Fidelidade apresentou projetos pioneiros para o risco climático na COP30
Com o Impact Center for Climate Change, a Fidelidade está a transformar a investigação sobre riscos climáticos em ação concreta. Na COP30, no Brasil, apresentou ferramentas para a modelação do risco de inundações e de incêndios florestais. A visão é a do seguro como instrumento de resiliência e de investimento verde.
A30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), realizada em Belém do Pará, no Brasil, reuniu líderes mundiais, organizações internacionais e empresas para discutir o futuro da ação climática global. A Fidelidade foi uma das entidades portuguesas com presença mais ativa no encontro, com participação em múltiplos painéis e a apresentação de estudos e projetos que reforçam o contributo do setor segurador para a adaptação e mitigação dos impactos climáticos.
Na COP30, a Fidelidade apresentou no Pavilhão de Portugal o trabalho pioneiro do Impact Center for Climate Change (ICCC), criado pela seguradora para acelerar a investigação e a inovação na gestão de riscos climáticos.
O painel “Do risco à resiliência: o papel do seguro na ação climática” foi apresentado pelos speakers Rui Esteves, diretor da Direção-Geral Técnica Não Vida e Risco da Fidelidade e cocoordenador do Impact Center for Climate Change, e Tomé Pedroso, assessor da Comissão Executiva da Fidelidade e cocoordenador do ICCC.
No seu primeiro ano de atividade, o centro de conhecimento destacou-se pela modelação avançada do risco de incêndios florestais, apoiando a definição de políticas de prevenção e a resiliência das comunidades. Paralelamente, o ICCC desenvolve ferramentas de modelação catastrófica para inundações, sistemas de alarmística e programas de bolsas de investigação, reforçando a ligação entre ciência, tecnologia e seguro.
A sessão, conduzida por Rui Esteves e Tomé Pedroso, sublinhou ainda as estratégias Net Zero e Nature Positive da Fidelidade, alinhadas com as normas europeias de descarbonização e de restauração da biodiversidade, exemplificadas pela nova sede sustentável do grupo.
Em foco esteve ainda o fundo florestal Florestas de Portugal, que combina investimento em capital natural, gestão ativa do território e captura de carbono, com potencial de expansão a nível nacional. O fundo representa uma solução baseada na natureza, capaz de gerar retorno económico e impacto ambiental positivo.
Através de parcerias estratégicas com entidades públicas, académicas e locais, o ICCC está a construir um modelo colaborativo para integrar a resiliência na cadeia de valor do setor segurador, impulsionando inovação e priorizando o investimento na natureza como pilar da transição climática.
A presença da Fidelidade na COP30 consolidou o reconhecimento internacional do seu compromisso com a sustentabilidade, mostrando que o seguro é parte da solução e não apenas um observador da crise climática.

A COP30 marcou também a estreia da Casa do Seguro, o primeiro pavilhão temático dedicado ao setor segurador numa conferência climática das Nações Unidas. Neste espaço, Tomé Pedroso representou a Fidelidade no painel “Construindo Comunidades Resilientes em Economias Emergentes”, promovido pela UNEP (United Nations Environment Programme) e pelo V20 Sustainable Insurance Facility, que assinalou o lançamento do primeiro estudo panorâmico sobre seguros e micro, pequenas e médias empresas (MPME).
A Fidelidade partilhou a sua experiência com microsseguros e seguros inclusivos em mercados latino-americanos, mostrando como a proteção financeira pode aumentar a resiliência das comunidades mais vulneráveis.
A moderação ficou a cargo de Butch Bacani, líder global da iniciativa “Principles for Sustainable Insurance” (PSI), uma plataforma criada pela UNEP, para promover a sustentabilidade no setor segurador. O painel contou com a participação de Hassan El-Shabrawishi, CEO da Axa International Markets; Liz Henderson, diretora global de Consultoria em Riscos Climáticos da Aon; Sara Jane Ahmed, managing director & finance advisor da Vulnerable Twenty Group of Ministers of Finance (V20), e Vinícius Pinheiro, diretor para o Brasil da OIT. Em foco, no debate, esteve a importância de criar produtos de seguro acessíveis e escaláveis para enfrentar as desigualdades climáticas e económicas.
No painel “A importância e as oportunidades do setor de seguros na ação climática”, Rui Esteves defendeu o reforço das parcerias público-privadas como chave para reduzir lacunas de proteção e ampliar o impacto das políticas de adaptação.
A discussão centrou-se no desenvolvimento de produtos inovadores, no uso de dados climáticos e na cooperação entre empresas, reguladores e sociedade civil. O consenso foi claro: a colaboração é o novo motor da resiliência. Só através do poder da colaboração entre todos os atores se conseguem escalar soluções, promover resiliência nas comunidades e reduzir lacunas de proteção de forma consistente entre regiões.
Neste painel, participaram também Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras no Brasil; Viviane Pereira, diretora de Sustentabilidade da seguradora Porto Seguro, com foco em ESG e cadeias de valor no Brasil, e Norma Franco, partner na EY, na área de Climate Change & Sustainability Services.
O painel “Clima, Seguros de Vida e Longevidade”, que teve como speaker Rui Esteves, trouxe uma perspetiva complementar: a interligação entre alterações climáticas, produtos de vida e o desafio da longevidade.
Os intervenientes sublinharam a importância de reforçar a prevenção, promover hábitos saudáveis ao longo do ciclo de vida e fomentar parcerias que ajudem a reduzir lacunas de proteção.
No painel estiveram presentes Antonio Rezende, vice-presidente da Prudential e diretor da Fenaprevi; Estevão Scripilliti, diretor da Bradesco Vida e Previdência; Nilton Molina, presidente do Instituto de Longevidade da MAG; e Vinícius Pinheiro, diretor para o Brasil da OIT.
Na mesa-redonda “Beyond Climate – Leading Change”, organizada pela EY, o diretor de Sustentabilidade da Fidelidade, João Mestre, apresentou o plano de descarbonização da Fidelidade, centrado em três eixos: redução das emissões diretas e indiretas, gestão dos riscos de transição nos diferentes ramos de negócio, e apoio a clientes e parceiros na adoção de soluções sustentáveis.
João Mestre destacou o fundo florestal Florestas de Portugal como solução de investimento em capital natural, com impacto na prevenção de incêndios, na gestão ativa do território e na captura/armazenamento de carbono.
A presença da Fidelidade na COP30 encerrou- se no Pavilhão UN Global Compact, com João Mestre a participar na sessão “Climate Transition Plans: Taking Action Towards Net-Zero”. A intervenção apresentou os princípios para a implementação de planos de transição climática — governação clara, metas mensuráveis, cronogramas realistas e reporte transparente.
A Fidelidade defendeu a necessidade de alinhar operações, oferta de seguros e políticas de investimento com os compromissos de neutralidade carbónica, envolvendo clientes, fornecedores e reguladores no processo.
O painel sublinhou que a credibilidade da transição depende da execução, e que o setor segurador pode acelerar resultados através da inovação e da mobilização de capital sustentável.
Com intervenções em múltiplos palcos e uma abordagem integrada à sustentabilidade, a Fidelidade marcou presença na COP30 como referência europeia na ligação entre seguros e ação climática.
Do Impact Center for Climate Change às soluções de investimento natural e inclusão financeira, a seguradora mostrou como o setor pode transformar o risco em resiliência e o capital em impacto positivo.
A COP30 confirmou que a transição verde não se faz apenas com energia e tecnologia — faz-se também com seguros capazes de proteger, prever e reconstruir.